Seja bem-vindo ao blog EMANAÇÕES - O MARAVILHOSO MUNDO DAS PREVISÕES !

QUE HOJE VOCÊ POSSA LER E OUVIR PALAVRAS BELAS E EDIFICANTES. MAS SE OUVIR ALGUMA QUE O FIRA. NÃO SE REVOLTE NEM REVIDE. CALA-TE. É DIFÍCIL... DÁ UM NÓ NA GARGANTA... NO ENTANTO, TENHA FORÇA E CALA-TE. VERÁS COMO NO SILÊNCIO ESSAS PALAVRAS QUE FEREM SAIRÃO DE VOCÊ MAIS RÁPIDO, PORQUE ELAS SE SENTIRÃO SOZINHAS.

Seguidores

terça-feira, abril 22

Èdipo


Avisado Laio, rei de Tebas, que seu filho que acabara de nascer, segundo as influencias astrais em que havia nascido, mataria seu pai e casaria com sua mãe, ordenou que jogassem o recém-nascido em um rio a fim de evitar a consumação de tão funesto presságio. Aconteceu, no entanto que, arrastada a criança pela corrente, foi recolhido por uns pastores que estavam a serviço do rei de Corinto, que interado deste feliz salvamento, adotou o menino como seu próprio filho e lhe deu uma educação esmerada. Em outra versão, sabemos que o filho de Laio e de Jocasta, herdeiro da maldição que assolava os Labdácias, foi abandonado ao nascer no Monte Citerão, já que Apolo havia predito a seu pai que se ele gerasse um filho, este o mataria. O criado, encarregado de executar essa missão perfurou-lhe os pés com um gancho de forma a poder suspender o menino numa árvore. Isso explica o fato pelo qual, ao ser encontrado por alguns pastores, foi chamado Édipo, que em grego significa “pés inchados”. Da mesma forma foi levado ao rei de Corinto, Pólibo, que, por não ter filhos, embora fosse casado com a rainha Peribéia,o adotou. Em certa ocasião, o jovem participava de um banquete, quando um coríntio referiu-se indiscretamente ao jovem como filho postiço. Intrigado, Édipo resolveu consultar o oráculo de Delfos para saber sua real origem. Além de não obter uma resposta precisa, o jovem se defrontou com uma revelação aterrorizante. Crescido com o amparo do rei e considerando Corinto sua pátria, um belo dia decidiu esclarecer o mistério do seu nascimento, para o qual caminhou á Delfos para consultar o oráculo.
A resposta que Édipo recebeu é que, não somente mataria seu pai, mas desposaria sua própria mãe, gerando uma raça maldita. “Matarás o seu pai e se casará com a sua mãe se voltar para seu país natal.” No intuito de evitar uma tragédia, desesperado resolveu fugir de Corinto, deixando para trás Pólibo e Peribéia, quem de fato acreditava serem seus pais verdadeiros. Promete a si mesmo não voltar jamais à Corinto, não casar-se com uma mulher da sua terra nem matar nenhum compatriota. E em vez de voltar `a corte do seu pai, adotivo, toma o caminho de Tebas.Trespassadas suas fronteiras, encontra em uma encruzilhada um homem que conduz um carro.À caminho da Fócida, onde os caminhos de Cáulis e Tebas se bifurcam, o pobre rapaz se deparou com Laio e sua escolta, composta por quatro pessoas além do rei: o arauto, um cocheiro e mais dois escravos. Este, cheio de impáfia, ordenou-lhe que desse passagem ao rei de Tebas. Como Édipo se recusasse sequer a alterar o passo, teve um de seus cavalos executados pelo rei. Depois de acalorada disputa, pretende agredi-lo.Ignorando a verdadeira identidade do rei, Édipo com o auxílio de sua arma, a bengala que o amparava no caminhar, e com grande violência, matou a golpes Laio, o rei de Tebas que vinte anos antes ordenou jogar ao rio o recém-nascido que agora é homem.

Cumpre-se assim a primeira parte do augúrio. Ignorante de quem é o morto, segue até Tebas, cidade aterrorizada por uma Esfinge, que diariamente mata numerosas pessoas.
Chegando à Tebas, deparou com a Esfinge, monstro que vinha assolando a cidade há tempos. Descendente de uma família de monstros, sua mãe, Equidna, corpo de mulher e cauda de serpente que devorava todos os viajantes que dela se aproximassem. Ortro uniu-se a própria mãe, e dessa forma, tornou-se ao mesmo tempo pai e irmão da Esfinge. Esta havia sido enviada por Hera à cidade de Tebas para punir o rei Laio, responsável pelo suicídio de Crísipo, filho de Pélops. Misto de vários animais, a Esfinge tinha a cabeça e o busto de mulher, as patas de leão, o corpo de cão, cauda de dragão e asas como as das Hárpias.
Instalada à entrada da cidade, mais precisamente no Monte Ficeu, propunha aos forasteiros que ali chegavam um enigma de grande complexidade e de difícil resolução. Os que não fossem capazes de decifrá-lo eram sumariamente eliminados, pois a criatura além de matar, devorava sua vítima. Os habitantes estavam alarmados quando Édipo, buscando exílio, chegou à Tebas.
Para livrar-se dela o novo rei, Creonte, pai da mãe de Édipo, que por morte de Laio, ocupa o trono, oferece sua filha em matrimônio a quem livrar a cidade de tão espantoso monstro.
Devendo resolver o enigma que propoe a Esfinge, ou perecer devorado por ela na entrada de Tebas, Èdipo enfrenta sem vacilar o perigo.
Ao enfrentá-la, foi recebido com a seguinte pergunta: “Qual é o animal que pela manhã tem quatro pés, ao meio dia dois e à tarde três?” - Em outra versão:
“ Qual é o ser – pergunta-lhe a Esfinge – que sem mudar de forma caminha sucessivamente em quatro pés, dois pés e por último em três pés, sendo menor a sua força quando em mais pés caminha ?”
Édipo sem dificuldade respondeu que este animal era o homem, que na infância engatinha, depois passa a caminhar com os dois pés e na velhice, com o peso dos anos, necessita de uma bengala, ou seja, de uma terceira perna para se sustentar. Como já estava previsto pelo destino que no dia que alguém lograsse decifrar seu enigma a Esfinge morreria, esta, precipitou-se do alto de um precipício e morreu espatifada contra os rochedos.
Vencida esta pelo inteligente e valoroso jovem, Creonte faz honrar a sua promessa.
Aclamado pela população agradecida, tornou-se rei, e, por conseguinte, recebeu também a mão da rainha Jocasta em casamento. Em outras palavras, Édipo cumpriu a segunda e última parte da profecia, pois ao casar-se com a rainha, desposava na verdade, sua própria mãe. Quatro filhos foram gerados desta união: Etéocles, Polinice, Antígona e Ismena. O rei de Tebas reinou durante anos tranqüilamente até o dia em que a população local começou a ser assolada por uma peste. O oráculo, novamente consultado, declarou que para cessar a epidemia, se fazia necessário encontrar o assassino de Laio e baní-lo definitivamente de Tebas. Tirésias, o grande vidente cego, trazido até a corte revelou a verdade sobre o crime e esclareceu a identidade e a história de Édipo. Jocasta, humilhada e sem poder suportar a vergonha, suicidou-se. Édipo, ao lado do corpo de sua mãe, vazou seus olhos. Expulso da cidade por Etéocles e Polinice, partiu para o exílio acompanhado por Antígona que o guiou até a Ática, onde foi acolhido por Teseu .
Tempos depois, seus filhos e Creonte, irmão de Jocasta, tentaram convencê-lo de regressar à Tebas, pois um oráculo havia predito que onde estivesse localizada sua tumba, os deuses dedicariam especial proteção. Inútil, porque Édipo, recusou-se terminantemente a realizar-lhes o desejo e viveu seus últimos dias em Colona, localidade situada próximo à Atenas. Foi por esse motivo que a cidade sempre logrou sair vitoriosa nas disputas contra Tebas.

Fontes: Wikipédia e La cabala de prediccion - J.Iglesias Janeiro - Editorial Kier

Nenhum comentário: