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Nesta palestra vamos estudar alguns aspectos do número quatro,
que intitulamos "Mistérios do Número Quatro". Mistério porque
são revelações pouco conhecidas, portanto constituem-se
mistérios para os não iniciados.
Os números zero, um, dois e três dizem mais ao plano
superior, ou ao nível abstrato das coisas, enquanto que
o número quatro relaciona-se mais com o mundo inferior,
assim é que vamos encontrá-lo mais diretamente ligado às manifestações da natureza ao nível da matéria densa. |
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Muito freqüentemente há referências ao número quatro como
sendo o número da estabilidade e do equilíbrio. De uma
certa forma isto é verdade, mas queremos salientar que se trata
do equilíbrio das coisas densas, das manifestações materiais.
As coisas materiais freqüentemente necessitam de 4 pontos
de apoio.
O menor número de pontos de apoio que ao mesmo tempo
oferece maior equilíbrio para uma cadeira, para uma mesa e
para coisas assim, é sem dúvidas quatro.
O corpo humano equilibra-se em duas pernas enquanto
ue os seres mais inferiores necessitam de pelo menos 4
pernas, ou de grande parte da superfície de próprio corpo
como acontece com os rastejantes.
A representação gráfica plana do número 4 é o quadrado.
Na realidade oquadrado é formado por 4 semi-retas e a sua
projeção espacial é a pirâmide de quatro faces que contém 4
arestas opostas 2 a 2, por sua vez delimitando 4 faces
triangulares. As faces que são projeções do quadrado se
opõem duas a duas e isso tem muita significação como
veremos depois.
Já estudamos em diversas palestras a lei da polaridade
que simbolicamente é representada por uma linha r
eta. Todas as coisas detectáveis são constituídas por
bipolos, isto é, são polarizadas (Feio/ bonito; Pequeno/
grande; Frio/ quente, etc.).
As manifestações da natureza, via de regra, se apresentam
como dois bipolos, assim sendo manifestam-se no mistério
4 (mistério porque não se sabe o porquê das manifestações
básicas da natureza se processarem através de dois
bipolos, formando 4 elementos).
Na constituição das coisas se faz presente o mistério
três, enquanto que as manifestações da natureza obedecem
ao mistério quatro. Vejamos alguns exemplos: Verão/
inverno; primavera /outono; lua cheia/ lua nova; lua
/crescente/minguante; Norte/Sul/; Leste/ Oeste, etc..
Os sábios de um passado remoto diziam que o mundo material
era o resultado da ação de quatro elementos essenciais:
Fogo, terra, água, ar. [1]
O mundo material está constituído por esses quatro elementos.
Embora pareça isso algo absurdo, queremos dizer que não foge
muito ao que a própria ciência ensina com outras palavras.
Diz a ciência que a terra inicialmente foi uma bola gasosa
(ar) muito quente (fogo) e que ao esfriar se formaram
os elementos que se organizam formando a terra. Dos vulcões
primitivos saíram os gases que deram origem ao ar assim como
o vapor que deu origem à água. Da interação dos elementos
constitutivos desses quatro princípios todas as coisas surgiram.
Assim vemos que a primeira estruturação do mundo denso já
foi estabelecido segundo o mistério quatro (lei do quatro.).
A natureza se manifesta em quatro aspectos: Sólido/
Líquido/ Gasoso / Radiante (atualmente a ciência em vez
do nome radiante usa a palavra plasma). Existem 4 reinos:
Mineral / Vegetal, Animal e Hominal. [2]
A natureza manifesta as coisas por um desses 4 estados:
Quente / frio / seco / úmido.
Os pontos cardeais são quatro: Norte / Sul / Leste /
Oeste. Onde quer que estejamos a nossa mente identifica:
Para diante / para trás / para um lado / para o outro lado.
(esquerda e direita). [3] |
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Triângulo | Na Atlântida a ciência
conhecia e utilizava muita bem
a propriedade dos números,
a manifestação dos números
no universo. Atualmente a
ciência oficial deixou de dar
valor ao lado esotérico
dos números passando a
utilizá-los somente no sentido
de contagem e determinação,
o que na realidade apenas
diz respeito a algumas das
propriedades dos números.
Na realidade as propriedades
mais transcendentais são
desconhecidas e inaceitas
pela ciência oficial.
A projeção tridimensional do
quadrado forma a pirâmide de
4 faces que é o resultado
da união do quaternário
(quadrado) com o ternário (triângulo). |
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Na figura 1 vemos um quadrado com um ponto no meio que é a representação plana de uma pirâmide de 4 faces. A figura 2 mostra a pirâmide vista de cima.
Agora façamos o seguinte: Rebaixemos a pirâmide, isto é, direcionemos o seu ápice no sentido da base e teremos a representação da figura 3.
Cada face de uma pirâmide representa um dois pólos de um bipolo, como por exemplo: Se uma face é Norte a outra necessariamente é Sul; se uma é Lestea outra é Oeste.
Também podermos fazer o inverso, estender a pirâmide, afastando o ápice cada vez mais. Assim ela tende para infinito, situação em que as 4 faces tornam-se única, ou seja, o descontinuo (quatro faces) torna-se continuum (infinito) - o UM adimensional. Isto mostra que o mundo objetivo - imanente - (multiplicidade) está contido no Transcendente (UM).
Também se pode entender a razão da grande importância deste sólido geométrico dada por muitas cultura avançadas da antiguidade, em especial pela egípcia. A pirâmide une o material - imanente - ao imaterial - Transcendente. É daí a tremenda capacidade energética que pode ser manifestada pela forma piramidal. Ela é um elo entre os dois "mundos" e assim canaliza a essência energética do nível transcendental para o material. Age como ponte de união entre a força creadora e creação.
Agora alonguemos a pirâmide, distanciemos o seu vértice e sentiremos que haveria um ponto em que as 4 condições serão apenas UMa. Seja qual for a manifestação da natureza acontece sempre o mesmo, tudo converge para um ponto infinito onde, por mais diversas que sejam as coisas, todas confluem para um elo onde se unificam, tornam-se UM o que equivale ao movimento de unificação, a descontinuidade tendendo para a unicidade. O inverso é a dispersão, pois tanto mais a pirâmide se alonga mais os seus 4 elementos constitutivos se distanciam, se diferenciam, se dispersam; por isso as coisas da natureza são tanto mais diferenciadas quanto mais distantes estiverem da condição de infinito, onde elas são apenas Um. Tanto mais distanciadas mais densas, ou afastadas do Um (Unicidade tendendo para a descontinuidade). |
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Figura 4 | Vejamos que os valores
expressos pelo"quatro" dentro da
creação tende para a descontinuidade, para a desunificação, para o afastamento, para o oposto ao UM.
Examinando-se a fig.1 vemos que a natureza se apresenta a partir do ápice e que este ápice tem origem no infinito, portanto tudo vem do UM, do contínuo, do uniforme, do indiferenciado, para o descontinuo, para o não uniforme, para o diferenciado.
Pela Fig. 4 podemos evidenciar dois posicionamentos distintos. Em A as coisas confluem no sentido do plano superior enquanto que em B ocorre o inverso. A figura mostra como o quatro pode direcionar para a positividade ou para a negatividade. |
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Pela fig. 4 podemos ver o duplo sentido possível da pirâmide. A pirâmide A ao ser alongada dimensiona-se para o Superior, ascende e chega ao UM; as coisasunem-se no UM. O que é deveras chocante para muitos é que o mesmo acontece com a pirâmide B mostra o inverso. |
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Figura 5 | Por esta razão é que o número quatro é considerado um número perigoso. Não se pode dizer que se trata de um número nefasto, mas sim que ele envolve duas possibilidades opostas. |
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Este esquema e que ele representa tem uma seriíssima implicação mística, algo que cada um deve descobrir por si mesmo. Não vamos citar qual a conclusão que se pode chegar, pois para o discípulo poder entendê-la é preciso que ele antes haja assimilado certos ensinamentos da Segunda Câmara de Amenti - Câmaras Herméticas.
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Autor: José Laércio do Egito - F.R.C.
Notas:
[1] - Esses 4 elementos são divulgados a partir dos filósofos gregos, embora que o orientais mencionam o 5º elemento denominando-o de Akash. Mas o estudo desse assunto nos mostra que o Akash não pode ser conceituado como material, e sim como um estado intermediários entre o material e o etéreo (energia).
[2] - A ciência inclui o homem no reino animal, mas na realidade a gênero quando pode e deve ser considerado um quarto reino.
[3] - Com esses 4 dados a pessoa se orienta na superfície da terra, enquanto que além do plano material ele existe a necessidade de uma outra medida, que é o tempo conforme mostra a Teoria da Relatividade. |
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