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sábado, março 19

HUNA: O CASAMENTO CELEBRADO NO CÉU

Huna: O Casamento celebrado no Céu
por Jens Federico Weskott - jweskott@uol.com.br


Através do período de crescimento o Eu Superior age como guia e diretor. Ele é o Eu que evoluiu um passo além do eu médio. Cuida de nós, nunca usurpando nosso livre arbítrio, mas ajudando a acumular experiência e crescer. Os Kahunas acreditam em camadas e camadas de conscientização crescente, porem estão essencialmente envolvidos com o nível de evolução acima do eu médio – o Eu Superior ou Aumakua.

Durante o período terrestre de evolução, a unidade de energia consciente que chamamos homem tem uma tarefa elementar de aprender a guiar e controlar o eu básico animal de sua constituição. À alma nova tende a ir atrás de suas emoções (regidas pelo eu básico) a fim de gerenciar a vida. Quando se cresce em termos de encarnações, tenta-se controlar as emoções em vez de deixar-se controlar por elas. A ‘alma jovem’ fica irada quando contrariada; a ‘alma antiga’ supera suas emoções e permanece calma sem ressentimento.

Uma emoção jamais superada é a do amor. O amor é o denominador comum da evolução espiritual da humanidade. A perfeita capacidade de amar sinaliza a alma evoluída. Finalmente se aprende a amar tão bem a fim de evoluir ou graduar-se ao nível do Eu Superior. O eu básico de uma pessoa pode demorar dúzias de encarnações até ser menos animal e mais como um eu médio, mas quando a lição é aprendida, na próxima vez nasce como eu médio. Neste ponto, um eu médio masculino avança ao nível do Eu Superior e se une a sua ‘alma gêmea’ (um eu médio feminino) e o par unido e harmonizado torna-se um novo Eu Superior. Como Eu Superior, seu amor é perfeito e incondicional como o amor do homem e da mulher quando unem e harmonizam seus seres para transformar-se em um novo Eu Superior. É esse o ‘casamento celebrado no céu’ do qual fala a Bíblia como também a provável origem do conceito das ‘almas gêmeas’.

Max Freedom Long salienta que a Esfinge é realmente um monumento de essa ‘graduação’ quando após da ultima encarnação e harmonização os dois eus médios evoluem e se graduam para virar um Aumakua ou EuSuperior. Na literatura cristã aparece o ‘Pai’, mas não a ‘Mãe’ que está incorporada ao Pai.

Os gêneros se reúnem no fim do período de evolução a fim de tornar-se o Superconsciente ou Eu Superior. O novo Eu Superior vira o Pai-Mãe do antigo eu básico. Um novo eu básico evolui do nível animal para ser o terceiro membro do novo homem trino. Pense os três eus do homem encarnando como equipe. Quando um deles avança um degrau na escada da vida, os outros também progridem – sempre ao mesmo tempo, nunca separados. No topo da escada, o Eu Superior evolui para um nível ainda mais elevado chamado Akua Amakuas, os Eus Superiores deuses. Provavelmente há muitos outros níveis de desenvolvimento, embora esejam fora do alcance do eu médio humano, já que é impossível imaginar o Deus Supremo. Quando alguém avança um degrau, o degrau inferior fica vazio. De acordo com Huna, uma entidade animal se agrega à equipe como eu básico, e assim começa uma nova encarnação.

Esta crença é ilustrada de modo clássico pela figura totêmica da Nova Zelândia. Revela o conceito de o homem possuir três espíritos, sendo o mais avançado uma entidade dual, uma unidade masculina junta a uma feminina. A figura mais baixa do mastro talhado representa um tipo de animal. Acima do espírito animal, muitas vezes com pernas e braços entrelaçados ao pescoço do eu básico, aparece uma figura mais humana. Acima do segundo espírito, com um corpo pequeno, há uma figura de duas faces opostas em uma única cabeça. O espírito superior é representado com asas que indicam que pode voar acima dos espíritos inferiores.

Os Kahunas do Havaí consideram a reencarnação uma verdade tão difundida que não fazem esforço nenhum de ocultá-la sob um termo do código. Simplesmente a chamam ‘hou-ola’. Ola quer dizer ‘vida’ e hou ‘novo; repetir; fazer de novo como antes’. Sua frase ola honua traduz uma ‘vida anterior’, e também ‘naturalmente, ‘sem causa’. É obvio que os Kahunas acreditam ser natural e sem causa alguma de o homem viver várias encarnações antes de graduar-se na escada da vida.

Ao viver como eu básico em um corpo animal, parece-nos que existimos sob um conjunto de leis para crescer e evoluir, e como eu médio compartilhamos as provações e adversidades do corpo físico. Estamos sujeitos a doenças e pobreza tanto quanto às dores que nós impõem os cruéis. Quando o corpo está cansado, passamos por um tempo ao outro lado e descansamos a fim de assimilar as lições aprendidas para logo encarnar uma vez mais sob a grandiosa lei que guia toda evolução.

Aos que procuram pelo sentido da vida, Huna oferece um propósito sensato e confortador: a imagem de um Deus ao nosso alcance. Sob todos os pontos de vista, o Eu Superior aparece como o conceito mais lógico e crível do ‘Deus dentro de nós’. Acima do Eu Superior podem estar seres ainda mais evoluídos, mas para o propósito da vida diária é suficiente saber que existe um Eu Superior, que é parte de nosso ser integral e que está pronto e disposto a nós ajudar.

postado por graca souza, às 19:33

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