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QUE HOJE VOCÊ POSSA LER E OUVIR PALAVRAS BELAS E EDIFICANTES. MAS SE OUVIR ALGUMA QUE O FIRA. NÃO SE REVOLTE NEM REVIDE. CALA-TE. É DIFÍCIL... DÁ UM NÓ NA GARGANTA... NO ENTANTO, TENHA FORÇA E CALA-TE. VERÁS COMO NO SILÊNCIO ESSAS PALAVRAS QUE FEREM SAIRÃO DE VOCÊ MAIS RÁPIDO, PORQUE ELAS SE SENTIRÃO SOZINHAS.

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segunda-feira, junho 6

HÓRUS:O Olho que Vê a Si Mesmo



O Olho que Vê a Si Mesmo
Autor: Ney Dantas

O Olho de Horus
Diz a lenda que Thot cuidadosamente recompôs 
o olho de Horus
 destruído por Set deus da escuridão. 
Para entender seu significado 
vamos realizar agora uma viagem de desconstrução seguindo 
passo a passo o caminho seguido.

Para fazer isso utilizaremos como ferramentas três 
mecanismos que  regem a construção de uma representação:
escala, projeção e simbolização.


Por ESCALA da representação entendemos o grau de
 distanciamento do objeto. Por exemplo, pode-se ver 
uma paisagem natural ou apenas um pequeno fragmento 
desta paisagem.

Por PROJEÇÃO da representação entendemos o ponto de vista
 do observador. Este pode estar em cima embaixo, a esquerda 
ou a direita, etc. dependendo da posição o observador 
terá percepções completamente diferenciadas do objeto. 
Algumas de suas partes estarão no centro focal e outras na periferia.

Por SIMBOLIZAÇÃO entendemos o conjunto de informações que 
estão incluídas e excluídas da representação. É o que eu 
chamo de “sai daí menino” ou “aperta mais pra caber todo
 mundo” em uma fotografia de família. Cada elemento 
da representação (existente ou não) confere um 
significado especial ao objeto representado.

Exposto estes mecanismos vamos iniciar a nossa viagem 
de desconstrução em três momentos: o primeiro trata
do olho isolado, o segundo observa a relação dos dois 
olhos restituindo a face e, finalmente o terceiro abandona
 a representação egípcia e se concentra no olho como
 elemento simbólico de representação do todo.

1. O Olho de Horus

Vê-se aqui o olho direito, relativo às coisas que são. 
A escala da representação é a da proximidade do objeto,
 do detalhe. Neste contexto o suporte, a face, não está,
 não interessa. A projeção é ortogonal e o observador está 
no infinito o que deixa todas as superfícies coladas a um 
plano bidimensional e estático. O eixo vertical passa pelo 
centro do circulo definindo uma relação 60/40 enquanto o 
vertical coloca-se em um espaço vazio entre os diversos 
elementos numa relação 50/50. pode-se deduzir daí que o 
que está em cima é como o que é em baixo. Por outro lado
 o que está a esquerda não é igual ao que está a direita.

Usando o mecanismo da simbolização descobrem-se seis 
elementos isolados mais o sétimo que é formado pela união
 de todos. No eixo superior estão três elementos planos 
+ uma linha e no inferior um plano e uma linha, estando 
o plano localizado a direita da composição. Estes são os 
seis sentidos utilizados pelo homem para interagir com o 
universo, são eles: razão, visão, audição, olfato, gustação
 e tato. A partir destes seis presentes pode-se deduzir que
 os seis sentidos ausentes que formam o outro olho seriam:
Olho direito
Olho esquerdo
Razão
Intuição
Visão
Onipresença
Audição
Onisciência
Olfato
Discernimento ???
Gustação
Percepção ???
Tato
Sensação ???

Assim completam-se os doze sentidos que nos permitiriam 
entender as coisas que são e as que não são.

Os dois olhos aumentam significativamente a capacidade de 
compreensão do universo pois permitem a estereoscopia dos 
sentidos e, por este meio, a compreensão da totalidade. 
Esta análise abre as possibilidades para o entendimento 
dos sentidos enquanto elementos mediadores e do estudo 
aprofundado do papel de cada um deles em relação aos 
demais. Outro aspecto a ser desdobrado é a representação 
de cada um deles que ora aparece sob forma de plano, 
ora apresenta-se como linha.

Neste momento gostaríamos de seguir outro caminho que 
julgamos mais importante. Este é o caminho que argumenta 
que o olho enquanto elemento símbolo representa a totalidade 
e explica os processos da criação. Visualizemos o diagrama abaixo:

2. Olho, a percepção da criatura sob si mesma 

A ordem hermética coloca o olho como elemento principal 
de sua simbologia, ele é o principal portal, a interface através 
do qual a mente interage com o TODO, ele é composto de fogo
 de água e de luz. Seus elementos constituintes guardam 
em si uma representação dos modos de ser e fazer do 
universo, uma observação sobre o seu funcionamento pode nos 
levar a correspondências e conclusões interessantes. 
Vamos discuti-las:

Tomando o diagrama ocular acima como a representação 
do universo percebemos primeiramente, um movimento de 
adensamento - relaxamento – adensamento, as noites e os 
dias de Brahma. Apesar desta percepção de movimento não 
existe mudança do volume total, apenas uma concentração 
ou dispersão de matéria essencial.

Algumas questões começam a surgir a partir desta observação:
  1. Se o todo é indivisível o que causa este movimento de 
  2. adensamento / expansão? Parece-me que a relação 
  3. entre as unidades fundamentais (amor)
  4. Quem criou as unidades fundamentais? Elas não foram 
  5. criadas, até certo ponto elas não existem de fato, passam
  6.  apenas a existir sobre a perspectiva de uma lei, norma 
  7. ou convenção que são entes abstratos. Para exemplificar
  8.  isso tomemos uma fazenda. Primordialmente o que existe
  9.  é o infinito de terra e água sem dono. Apenas quando se 
  10. define uma escritura é que a fazenda passa a existir, mas 
  11. ela só existe para os homens, não para as formigas, aves, 
  12. cobras, plantas, etc.
  13. Então se as unidades não existem, o movimento também 
  14. não existe? Não, ele é apenas uma ilusão que foi criada 
  15. por uma formalidade abstrata ao todo indivisível.
  16. Também não existe espaço nem tempo? Espaço e tempo
  17.  são apenas duas convenções
Algumas questões começam a surgir a partir desta observação:

O TODO é limitado pois sua natureza para nós ainda é dual.




Autor: Ney Dantas
FONTE:EVOLUCAO





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