Tumba do general de Tutancâmon está aberta ao público no Egito Efe
Nas paredes das três salas, podem-se ver hieróglifos que narram a vida deste general de origem humilde, que se tornou o faraó que devolveu ao Egito a normalidade depois dos conturbados anos do reinado de Akenatón.
O ministro de Estado para as Antiguidades egípcio, Zahi Hawas, com seu inseparável chapéu de abas largas ao estilo Indiana Jones, guiou os jornalistas através da tumba, que começou a ser escavada em 1975.
Sob um calor sufocante e diante dos olhares atentos dos policiais, que vigiavam o local montados em camelos, Hawas apresentou as outras cinco tumbas que formam o único complexo funerário do Império Novo em Saqqara, onde a maioria de sepulcros pertence ao Império Antigo (2575-2150 a.C.).
Tais sepulturas pertencem ao tesoureiro de Tutancâmon, Maya; aos nobres Merineiz e Phahemia; à família Raia (pai e filho); e ao militar Tia, que foi subordinado a Ramsés II (1304 a.C. a 1237 a.C.).
Hawas reiterou que os túmulos são "únicos" porque revelam como os nobres do Império Novo queriam ficar perto da antiga capital egípcia de Mênfis, perto de Saqqara, embora a nova capital se encontrasse em Tebas, a atual Luxor, quase 700 quilômetros ao sul. Estes sepulcros sofreram inúmeros saques durante o século XIX, e muitos de seus tesouros foram tirados do Egito.
"Centenas de estátuas e blocos de pedra dessas tumbas foram roubados e estão em museus de todo o mundo, mas um dia serão devolvidos", afirmou Hawas.
Hawas explicou que a múmia de Horemheb nunca ficou na câmara subterrânea escavada na rocha viva sob o mausoléu porque o general se tornou faraó e foi enterrado no Vale dos Reis.
O alto funcionário acredita que a abertura dessas novas tumbas pode contribuir para reerguer o turismo afetado após as revoltas populares que acarretaram na queda do então presidente Hosni Mubarak, no início deste ano.
FONTE:
ESTADÃO NOTÍCIAS
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