Não há uma religião formal havaiana. As crenças espirituais havaianas as quais se convencionou chamar de Ho´omana se baseavam numa visão de universo muito particular. O cântico da criação dos havaianos, chamado Kumulipo, era a árvore genealógica dos reis havaianos e descreve como todo o universo manifestado foi criado por Oia´io (princípio/centelha Divina).
Ele descreve o processo da criação como uma corrente /uma sequencia que vai dos elementos naturais, passando pelos seres menos complexos do mar até os homens (lembrando a cadeia evolutiva descrita por Darwin) chegando à linhagem dos reis. O Kumulipo nos mostra que todo universo manifestado, todos os elementos, todos os seres criados fazem parte da mesma árvore genealógica, somos todos parentes, somos todos ligados. Para parafrasear Carl Sagan:
"Somos todos formados da mesma poeira de estrelas". Para os havaianos tudo e todos são compostos de e sustentados pela energia vital, chamada MANA, que também é conhecida por qi (chi na China), ki (Japão), prana (India),
sekhem (Egito). Dessa mitologia vem a ética e filosofia havaiana que enxerga que há vida em tudo - tudo está vivo e tem consciência. Outro corolário dessa filosofia é que não há separação/diferença entre nós e o universo à nossa volta. Os KAHUNAS eram profissionais/experts em diversas áreas do conhecimento, não apenas
sacerdotes, um kahuna poderia ser um engenheiro naval, um engenheiro civil, um médico, um agrônomo, etc. Agora, como havia vida em tudo, o kahuna engenheiro naval por
exemplo rezava (empregava cânticos especiais) para perguntar para a floresta qual seria a melhor árvore para a fabricação de uma canoa e depois conversava com a árvore
explicando o porquê ele precisava de sua madeira para fabricar a canoa. |
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