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QUE HOJE VOCÊ POSSA LER E OUVIR PALAVRAS BELAS E EDIFICANTES. MAS SE OUVIR ALGUMA QUE O FIRA. NÃO SE REVOLTE NEM REVIDE. CALA-TE. É DIFÍCIL... DÁ UM NÓ NA GARGANTA... NO ENTANTO, TENHA FORÇA E CALA-TE. VERÁS COMO NO SILÊNCIO ESSAS PALAVRAS QUE FEREM SAIRÃO DE VOCÊ MAIS RÁPIDO, PORQUE ELAS SE SENTIRÃO SOZINHAS.

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terça-feira, março 29

A "BÍBLIA " KAHUNA

Muito da filosofia kahuna está expresso no chamado “Cântico da Criação”, também conhecido com o Kumulipo, que é o equivalente de uma “bíblia” kahuna como algo disponível hoje.
Originalmente parte de uma tradição oral que foi passada pelos kahunas treinados na memória perfeita, ela provavelmente foi compilada em sua forma presente em aproximadamente 1700 pelo kahuna Keaulumoku.
 Todas as traduções têm sido feitas (e não há muitas) vêm de um manuscrito que foi de propriedade do rei Kalakaua, que foi muito interessado em preservar as tradições havaianas, incluindo os segredos do Huna e a função dos kahunas como curadores.

 

Na filosofia kahuna, ambas as palavras espirituais e materiais formam como resultado um intercâmbio entre forças relativas, muitas vezes representas pelo masculino e feminino. Para todo “deus” no panteão havaiano, com poucas exceções, há uma contraparte feminina para ajudar na criação. Muitos deles são nomeados nas primeiras sete seções do Kumulipo, ao longo de versos que contam da formação da vida das plantas e animais na terra. O oitavo e nono capítulos ou seções, aparentemente contam o surgimento do homem dentro da percepção consciente e da sua multiplicação sobre a terra. O resto do total de sessenta seções da versão de Kalakaua mostram muitas genealogias, exceto por uma consideração sobre o herói cultural, Maui.

Um problema que os estudantes têm com o Kumulipo, entretanto, é que eles não conseguem concordar em como foi traduzido. Numa tradição oral com uma língua como o havaiano, muito depende de sutilezas de pronúncia e contexto que não podem ser adequadamente transmitidos em palavras escritas. Para deixar tudo mais difícil, os kahunas tinham o hábito de incorporar várias camadas de significado nos cânticos, as quais eram feitas para os chefes até em suas canções de amor. Durante uma visita com amigos kahunas no Hawaii, eu soube que o Kumulipo tinha sete camadas de significado, e eu teria a chave de uma camada na qual estava trabalhando.

Quando eu perguntei porque eles mesmos não tinham traduzido, disseram que não tinham muita experiência como eu em traduções, isso não era divertido, e que tinham coisas melhores a fazer.
Para dar um exemplo do que está envolvido, aqui está a primeira linha do Kumulipo:
O ke au i kahuli wela ka honua

E aqui estão várias maneiras nas quais tem sido traduzida:

“A roda do tempo gira para as cinzas queimadas do mundo” (Adolf Bastion)
“ No tempo que retornar o calor da terra” (Queen Liliuokalani)
“ O tempo quando a terra estava se tornando ardente” (Kakahi)
“ No tempo quando a terra se tornou quente” (Martha Beckwith)
“No tempo quando esta terra se desenvolveu como uma bola de fogo flamejante” (leinani Melville)
Sem negar que qualquer das acima citadas possa estar correta, há mais três que eu fiz. A última é parte da tradução na qual eu estou atualmente trabalhando:
“Houve um tempo quando a terra mudou violentamente”
“O ato de semear transformou a terra com paixão”
“O pensamento muda as coisas na terra”

texto de Serge Kahili King

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